2020
LIVRO - NOVO
40 ANOS DE CLOSER DO JOY DIVISION by ARLINDO GONÇALVES

. Texto: Arlindo Gonçalves

. Fotografias: Arlindo Gonçalves (capítulos principais) e Luciana Fátima (parte do posfácio e fotos retratando o autor)

. Ilustrações: Matheus Vigliar
· Capa: Arlindo Gonçalves 

. Formato: 14 x 14cm
· 264 páginas (P&B) em Pólen Soft 80g

.  ISBN 978-65-87071-07-7
· Capa em cartão 300g, com orelhas e laminação fosca.

Sinopse:

A julgar puramente por meus próprios termos, e não para ser interpretado como uma opinião ou reflexão da grande mídia ou pelo gosto do público, mas como uma crítica da minha mente esotérica e elitista, na qual os mistérios da vida são escassos, e ao lado da qual a graça de Deus tem se mostrado em uma visão da verdadeira natureza das coisas, mais o fato de que as pessoas são sorrateiras, gravando um monte de porcarias, está decretado que este LP seja um desastre.

Ian Curtis, a respeito do disco Closer

 

            Zona leste de São Paulo, 1986. Em plena fase de abertura política, que marcou a transição do regime ditatorial para a democracia, o autor deste livro comparece ao show da banda pós-punk Siouxsie & the Banshees. Seria seu primeiro concerto internacional. Dez anos antes, em Manchester, norte da Inglaterra, são realizados dois shows dos Sex Pistols, no Lesser Free Trade Hall. Esses fatos são, aqui, preservadas as devidas proporções, descritos como saltos de liberdade, momentos em que somos inspirados a fazer coisas ligadas à criação intelectual e artística, como forma de ampliar horizontes. Em Manchester, a partir daqueles shows, surgem diversas bandas. No Brasil, após a vinda dos Banshees, outros grupos internacionais da mesma estirpe passam a vir tocar no país. Ganha fôlego, então, toda uma cena underground nacional, que, se já existia, torna-se mais notória.

            Tendo como ponto de partida esses dois momentos, o fotógrafo e escritor Arlindo Gonçalves repassa a trajetória da banda Joy Division, com especial atenção à criação do segundo álbum do grupo, Closer, o preferido do autor.

            Por meio de um conteúdo que mistura ensaios históricos, ficção, relatos de processos criativos, fotografias e ilustrações, somos apresentados a narrativas inspiradas pelo disco de Ian Curtis & Cia. As emoções íntimas que afloram da audição de cada faixa de Closer invocam o drama de um jovem que sofre pelo desemprego crônico, pela falta de perspectivas, pelo isolamento e pela perda de sentido de sua existência. Essa história real inspira a construção de personagens como dona Joana, uma velha alcóolatra, verdadeira rocha que chora a ausência de um filho executado numa chacina e o casal de artistas fracassados, Tânia e Marcos.

            Os textos, organizados e expostos por Arlindo, e conectados ao retrospecto biográfico do Joy Division, servem como um exercício estético de ovacionar Closer em seus 40 anos. Com drama e tom pesado, e também com humor decadente e autodepreciativo – marcas de estilo do autor –, o disco é celebrado – não como uma peça mórbida, simples culto ao suicídio de Ian Curtis a inspirar outros a fazerem o mesmo –, mas como uma obra-prima que valoriza o aprendizado pela compreensão dos grandes dramas individuais e coletivos; um triunfo da vontade inspirada pela arte para superar as perdas e o sofrimento humano. Ian Curtis previu que o disco seria um fracasso. Felizmente, ele estava errado.

 

Sobre o autor

Fotógrafo e escritor, nasceu no Rio de Janeiro, mas vive em São Paulo desde os seis anos de idade. Publicou, dentre outros livros, Dores de perdas; Desonrados; Desacelerada mecânica cotidiana; Carinhas(os) urbanas(os); Corações suspensos no vazio; Corações ausentes; In aeternum – Joy Division: a busca afetiva por uma imagem; Ad infinitum – réquiem para Álvares de Azevedo & Ian Curtis – estes dois últimos em parceria com Luciana Fátima – e Tréguas e epifanias no precipício.

JOY DIVISION - CLOSER: TESTAMENTO MUSICAL (LIVRO)

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2020
LIVRO - NOVO
40 ANOS DE CLOSER DO JOY DIVISION by ARLINDO GONÇALVES

. Texto: Arlindo Gonçalves

. Fotografias: Arlindo Gonçalves (capítulos principais) e Luciana Fátima (parte do posfácio e fotos retratando o autor)

. Ilustrações: Matheus Vigliar
· Capa: Arlindo Gonçalves 

. Formato: 14 x 14cm
· 264 páginas (P&B) em Pólen Soft 80g

.  ISBN 978-65-87071-07-7
· Capa em cartão 300g, com orelhas e laminação fosca.

Sinopse:

A julgar puramente por meus próprios termos, e não para ser interpretado como uma opinião ou reflexão da grande mídia ou pelo gosto do público, mas como uma crítica da minha mente esotérica e elitista, na qual os mistérios da vida são escassos, e ao lado da qual a graça de Deus tem se mostrado em uma visão da verdadeira natureza das coisas, mais o fato de que as pessoas são sorrateiras, gravando um monte de porcarias, está decretado que este LP seja um desastre.

Ian Curtis, a respeito do disco Closer

 

            Zona leste de São Paulo, 1986. Em plena fase de abertura política, que marcou a transição do regime ditatorial para a democracia, o autor deste livro comparece ao show da banda pós-punk Siouxsie & the Banshees. Seria seu primeiro concerto internacional. Dez anos antes, em Manchester, norte da Inglaterra, são realizados dois shows dos Sex Pistols, no Lesser Free Trade Hall. Esses fatos são, aqui, preservadas as devidas proporções, descritos como saltos de liberdade, momentos em que somos inspirados a fazer coisas ligadas à criação intelectual e artística, como forma de ampliar horizontes. Em Manchester, a partir daqueles shows, surgem diversas bandas. No Brasil, após a vinda dos Banshees, outros grupos internacionais da mesma estirpe passam a vir tocar no país. Ganha fôlego, então, toda uma cena underground nacional, que, se já existia, torna-se mais notória.

            Tendo como ponto de partida esses dois momentos, o fotógrafo e escritor Arlindo Gonçalves repassa a trajetória da banda Joy Division, com especial atenção à criação do segundo álbum do grupo, Closer, o preferido do autor.

            Por meio de um conteúdo que mistura ensaios históricos, ficção, relatos de processos criativos, fotografias e ilustrações, somos apresentados a narrativas inspiradas pelo disco de Ian Curtis & Cia. As emoções íntimas que afloram da audição de cada faixa de Closer invocam o drama de um jovem que sofre pelo desemprego crônico, pela falta de perspectivas, pelo isolamento e pela perda de sentido de sua existência. Essa história real inspira a construção de personagens como dona Joana, uma velha alcóolatra, verdadeira rocha que chora a ausência de um filho executado numa chacina e o casal de artistas fracassados, Tânia e Marcos.

            Os textos, organizados e expostos por Arlindo, e conectados ao retrospecto biográfico do Joy Division, servem como um exercício estético de ovacionar Closer em seus 40 anos. Com drama e tom pesado, e também com humor decadente e autodepreciativo – marcas de estilo do autor –, o disco é celebrado – não como uma peça mórbida, simples culto ao suicídio de Ian Curtis a inspirar outros a fazerem o mesmo –, mas como uma obra-prima que valoriza o aprendizado pela compreensão dos grandes dramas individuais e coletivos; um triunfo da vontade inspirada pela arte para superar as perdas e o sofrimento humano. Ian Curtis previu que o disco seria um fracasso. Felizmente, ele estava errado.

 

Sobre o autor

Fotógrafo e escritor, nasceu no Rio de Janeiro, mas vive em São Paulo desde os seis anos de idade. Publicou, dentre outros livros, Dores de perdas; Desonrados; Desacelerada mecânica cotidiana; Carinhas(os) urbanas(os); Corações suspensos no vazio; Corações ausentes; In aeternum – Joy Division: a busca afetiva por uma imagem; Ad infinitum – réquiem para Álvares de Azevedo & Ian Curtis – estes dois últimos em parceria com Luciana Fátima – e Tréguas e epifanias no precipício.